Em 1977, foi fundada uma Central de cooperativa para prover a sustentação de milhares de famílias.
A Frimesa comemora 45 anos de sua história e contamos a trajetória dessa Cooperativa Central que industrializa a matéria-prima carne e leite e emprega mais de 9 mil pessoas.
No fim da década de 90, milhares de produtores de feijão, soja, milho, frango, leite e, principalmente suínos, buscavam uma renda na agroindustrialização.
Na época, a situação econômica no Brasil era marcada pela desigualdade. Para trilhar o caminho do progresso social, cinco cooperativas do Sudoeste do Paraná, inspiradas pelo projeto Iguaçu de Cooperativismo, planejaram a criação da Cooperativa Central Agropecuária do Sudoeste – Sudcoop, hoje Frimesa Cooperativa Central. Foi o primeiro passo da organização dos agricultores das quatro cooperativas fundadoras: Coasul, Comfrabel, Camdul e Coopersabadi.
A história começou oficialmente em 13 de dezembro de 1977. Durante as festividades do jubileu de prata de Francisco Beltrão (PR) na câmara de vereadores.
Cooperativas Fundadoras:
COASUL
Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda., de São João
COMFRABEL
Cooperativa Mista, de Francisco Beltrão
CAMDUL
Cooperativa Agrícola Mista Duovizinhens, de Dois Vizinhos
COOPERSABADI
Cooperativa Mista Agropecuária Sabadi Ltda., de Barracão.
“Os produtores depositaram energia e muita, muita esperança na criação da Sucoop. Mais de 2 pessoas seguem, emocionam a proposta da pode vir resolver os nossos de promoção, e levar a região para a industrialização”, ser o fundador Vicente de Carli.
O primeiro presidente eleito da Central Sudcoop, o produtor associado da Comfrabel, Romildo Bortoli compôs a diretoria: José Osmar Casagrande, da Coasul, na vice-presidência e Enedir Souza de Lima como diretor-secretário. Complementavam o primeiro Conselho de Administração efetivo Vicente de Carli, Paulino Fachin e Pedro Pereira de Sá. Enedir Após anos pediu a função e Vicente de Carli assumiu a função de secretário.
Somadas, as quatro cooperativas fundadoras reuniam 6,8 mil cooperados, dos quais 85% eram propriedades de pequeno porte. Elas atuam em 20 municípios do Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina.
A primeira iniciativa aconteceu por meio da venda conjunta de feijão, soja e milho e da produção de insumos. Quando a Sudcoop começou a operar, em 1978, seu escritório se localizava no último andar das instalações da filiada Comfrabel, em Francisco Beltrão.
Na sequência, iniciar os estudos para a primeira agroindústria. Para isso, foram contratados o engenheiro civil Eli Ramos Nascimento, para coordenar a execução dos projetos de construção, e o engenheiro agrônomo Elias José Zydek - que atualmente ocupa o cargo de diretor executivo -, para coordenar a divisão agropecuária e os estudos de viabilidade econômica. No primeiro semestre de 1978, a Central tinha estabelecido sua estrutura organizacional com superintendências e áreas comercial, administrativa e técnica de projetos.
Os produtores do Sudoeste se destacavam na produção de suínos e leite e, paralelamente ao estudo de uma planta para abate de aves e suínos, foi planejada uma fábrica de ração. A visão de futuro dos dirigentes da Sudcoop era aproveitar a soja e o milho produzidos para a fabricação de alimento para a pecuária.
No fim da década de 1970, a atividade já tinha um duplo propósito: valorizar o milho e a soja convertendo esses insumos em ração para os animais e, consequentemente, otimizar a produção de carne. Com esse objetivo, as cooperativas decidiram pela construção de uma fábrica de ração com capacidade de 20 toneladas ao dia. O primeiro empreendimento, iniciado após a criação da Central, foi edificado em terreno doado pela prefeitura de Francisco Beltrão.
Inicialmente, pensou-se na construção de um frigorífico de aves, mas não se concretizou. O volume de leite dos associados permitia, inclusive, o estabelecimento de uma unidade de beneficiamento de leite, outro segmento que estava nos planos da Sudcoop.
A suinocultura enfrentava muitas dificuldades. Os produtores eram obrigados a entregar os suínos em Ponta Grossa (PR), e os animais percorriam mais de 500 quilômetros por uma malha rodoviária precária. Outros compradores, de São Paulo e Minas Gerais, ficavam a mais de mil quilômetros de distância. Os produtores de suínos negociavam por meio de atravessadores, uma situação que, somada ao custo de transporte, inviabilizava a produção do Sudoeste. A solução era produzir alimentos em grande escala e atender diretamente ao mercado dos centros urbanos.
A necessidade também despontava para o fomento à produção. Com vistas no desenvolvimento genético e tecnológico do rebanho, a Sudcoop fechou um contrato com a Secretaria de Agricultura do Paraná para assumir o controle de uma Central de Inseminação, também localizada em Francisco Beltrão, voltada ao melhoramento do plantel, tanto em eficiência produtiva, quanto sanitária.
No ano seguinte ao da fundação, a diretoria já se debruçava sobre estudos de viabilidade para aquisição de um frigorífico de suínos. Havia duas propostas: uma no município de Clevelândia e outra em Palmas, ambos no Paraná.
“Quando estávamos por decidir, no Conselho de Administração, pelo projeto de Palmas, que tinha apresentado um melhor estudo de viabilidade, e inclusive já negociávamos com o Banco BRDE, surgiu o movimento do Oeste, através da Cooperativa Cotrefal, hoje Lar, liderado por Inácio Donel, propondo uma oportunidade de negócio em Medianeira”, relatou Zydek, colaborador da Frimesa desde 1978.
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